segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ufa! Bloguei!: Construção do conhecimento e tecnologias

Você já parou para pensar em que o uso de tecnologias na sala de aula pode mudar a forma de interagir e de aprender dos alunos? É sobre isso que nos faz refletir este interessante texto da Profa Suely Aymone. Aliás o blog Ufa! Bloguei! é muito bom. Verifiquem.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Palestra de abertura do curso Tecnologias na educação - os ensinantes digitais promovido pela ConhecerMais

A palestra de abertura do curso Tecnologias na educação - os ensinantes digitais será ministrada pelo professor Celso Vallin, doutor em Educação pela PUC/SP com ênfase em Currículo. Ele virá conversar sobre o uso das novas tecnologias de modo integrado ao projeto pedagógico como forma de aproximação da geração que está nos bancos das escolas. Vai diferenciar as situações didáticas nas quais as tecnologias são usadas como puro enfeite daquelas em que são realmente necessárias, pois promovem aprendizagens que, de outra maneira, não ocorreriam. Também discutirá a questão da formação inicial e continuada de professores no uso das ferramentas tecnológicas e de como integrá-las no cotidiano escolar.

A palestra acontece no dia 19 de março de 9h às 12h para os alunos da turma da manhã e da tarde do curso de Tecnologias na Sala de Aula, na IBS Espaço Empresarial/FVG, Av. Prudente de Morais, 444, Cidade Jardim.

Também estará aberta ao público em geral, sendo o valor da inscrição de 40 reais até o dia 8 de março. A partir de 9 de março o valor passa a ser de 45 reais.

Outras informações e inscrições com Debora Maranhão Louzada nos telefones (31) 3324 1737 (de 13h30 às 17h30) e celular (31) 9208 1701 ou pelo e-mail debora@conhecermais.com.br

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mapa do Brincar - Folhinha


Acesse o site www.folha.com.br/092732 e conheça o Mapa do Brincar, uma iniciativa da Folhinha, suplemento do jornal Folha de S. Paulo.

Lançado em maio de 2009, o projeto convidou crianças de todo país a contar quais são suas brincadeiras de hoje. Um dos objetivos era descobrir se há semelhanças e diferenças entre o brincar das várias regiões do país. De maio a junho, a Folhinha recebeu 10.204 inscrições de crianças das cinco regiões do país com participação maior do Sul e do Sudeste.

Em alguns estados, a equipe da Folhinha coletou também brincadeiras diretamente com as crianças, mas sempre preservando os relatos infantis. Todo esse material enviado e coletado foi lido por uma equipe de especialista na área do brincar. E do conjunto de textos, fotos, desenhos e até vídeos enviados pelos brincantes, 550 brincadeiras foram selecionadas para o site. Cada brincadeira traz a indicação de sua origem, o que não quer dizer que ela seja só daquele lugar. A origem indica a cidade onde mora o participante que mandou a brincadeira.

Devido à extensão do país e ao rico repertório de brincadeira das crianças, há muito o que mapear. Por isso, se você conhece brincadeiras ou variações da sua região que não estejam no Mapa do Brincar, envio o material para mapadobrincar@uol.com.br

Use esse material com seus alunos, desenvolva projetos de trabalho ou contribua enviando novas brincadeiras para o Mapa do Brincar!

Boa brincadeira!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cursos ConhecerMais de formação e profissionalização docente


Começa em 19 de março o curso de Tecnologias nas salas de aula: os ensinantes digitais para professores de alunos de 10 a 15 anos e de estudantes de licenciatura que realmente desejam ser professores.

Os módulos serão:

Palestra inicial: Webcurrículo - Celso Vallin - PUC/SP e UFLA
1o módulo: Pesquisando na internet sem naufragar - Silvia Fichmann - Consultora em uso das TIC's na educação e criação de comunidades virtuais - USP
2o módulo: Eu blogo, tu blogas, ele bloga - Virgínia Ferrara Barbosa - ConhecerMais/BH

3o módulo: Podcasts e o ensino da oralidade na escola - Jorge Luiz M. de Moraes - Colégio Pedro II e UFRJ

40 módulo: Wiki o quê? - Guilherme T. Assis - UNI/BH

5o módulo: Experimente o Moodle e mude - Marcelo Vicente F. Alves Centro Universitário UNA

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma professora de música que escrevia contos

Mulher nascida no final do século XIX, dois anos depois de fundada a cidade de Belo Horizonte, Dona Maria, apesar de educada em um colégio de freiras francesas, era uma mulher fora dos padrões da época. Não se dedicava aos trabalhos domésticos, mas sabia como ninguém história da arte, música e canto orfeônico. Não teve dúvidas: tornou-se professora "para não enlouquecer"como dizia sempre.

Era o terror das alunas da aula de Música e Canto da antiga Escola Normal Modelo, atual Instituto de Educação de Minas Gerais. A professora não pensava duas vezes para reprovar quem desafinava ou não marcava o tempo corretamente nos solfejos. Era temida, mas muito querida, tanto que a sala de música hoje leva seu nome: Maria Amorim Ferrara.

Sua enorme vitalidade e seu espiríto inquieto se expressaram intensamente em seu trabalho de professora. Estudou com Villa-Lobos. Regeu coros, escreveu artigos para jornais sobre música sacra, formou professores, escreveu livros didáticos - Notas de Uma Professora de Música Escola em 1938 e O Ensino do Canto Orfeônico em 1958. Com seu modo peculiar de ser professora, compôs a letra do hino do Instituto de Educação de Minas Gerais, musicou os textos dos livros A Galinha Ruiva e O Livro de Lili usados na alfabetização de crianças das escolas públicas. Elaborou a coletânea Caderno de Canções, contendo hinos e canções para alunos do curso primário da época e o livro Como Brincam as Crianças Mineiras, como o resultado da pesquisa sobre brincadeiras folclóricas. Participou da encenação de peças teatrais musicadas com colegas professoras de artes cênicas. Foi multimídia e transdisciplinar em meados do século passado! Nas "horas vagas", escrevia - publicou o romance Maria dos Anjos em 1946 -, tocava piano, pintava e desenhava, para seu prazer e o nosso.

Dona Maria era minha avó, o futuro no meu passado. Em lugar de computadores e lousas digitais ela usava o piano e as partituras para ensinar. Foi, também, a responsável por minha educação. Com ela aprendi a tocar piano, a falar francês, a escrever. Contou-me da vida dos músicos e dos grandes mestres da pintura. Apresentou-me há quarenta anos Carmina Burana, do alemão Carl Orff, que ela sabia, um dia, faria sucesso. Colocava a minha disposição telas e tintas e me dizia: Pinte! - e minha imaginação se congelava no branco da tela, diferentemente do que acontecia quando me dava o caderninho e me mandava escrever. Adorava quando declarava: Hoje o tema é livre, menina - e me entregava o lápis, borracha, não, para pensar bem antes de escrever. Não me aborrecia quando me devolvia meus escritos com notas e marcas nas vírgulas fora de lugar e o quiser escrito com z. Ela podia. Tinha jeito e resposta para tudo. Sua língua afiada era o máximo!

Em sua homenagem e como forma de reconhecer e agradecer essa vida tão rica, minha irmã, Ana Maria Ferrara, tomou a iniciativa e só descansou, orgulhosa, quando foi colocado em suas mãos o exemplar dos Contos Antigos, escritos por nossa avó nos anos de 1947 a 1949 e publicado pela Editora Mulheres (http://www.editoramulheres.com.br/), que os considera contos eternos, tal qual ensinou o poeta Drummond, conterrâneo da professora Maria: melhor do que sermos modernos é sermos eternos.